segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Valerianella multidentata






Valerianella multidentata Loscos & J.Pardo
Erva anual,  com 2 a 20 cm,  revestida por indumento, mais ou menos denso, formado por pêlos retrorsos; caule ramificado (uma ou mais vezes) a partir da base e de forma dicotómica, como parece ser a regra entre as plantas deste género, cujo hábito, considerado no geral, não difere muito de espécie para espécie. Aparentemente e aos olhos de um leigo, pelo menos, a melhor forma de distinguir as diversas espécies, parece ser a observação da forma e do número de dentes do cálice que, nalgumas espécies, pode nem sequer estar presente. Não é o caso da V. multidentata, que apresenta um cálice com 11 a 17 dentes terminados em gancho, número que é superior ao de qualquer outra das espécies em causa (a ponto de  justificar o epíteto específico), dentes que se tornam mais facilmente perceptíveis na fase da frutificação, pois o cálice é acrescente e  persistente nessa fase.
Tipo biológico: terófito:
FamíliaValerianaceae;
Distribuição: Península Ibérica.
Esta espécie não figura na Checklist da Flora Portuguesa e a Flora Ibérica também não a considera como existente em território português. Todavia, não restam dúvidas de que ela ocorre também em Portugal. No portal da SPBotânica (Flora.on) figura já, com efeito, um registo da autoria de Ana Júlia Pereira e de Miguel Porto aos quais cabe o mérito da sua descoberta e identificação. 
Ecologia/habitat: pastagens anuais e terrenos degradados em substratos calcários ou gessosos a altitudes entre 200 e 700m.
Floração: de Abril a Maio.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Daucus setifolius

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Daucus setifolius Desf.
Erva perene, com 70 a 100cm, glabra ou ligeiramente pubescente, com caule erecto, ramificado; folhas basais numerosas, erectas, multi-penatissectas (2 a 4 vezes), com segmentos de última ordem filiformes; as caulinares, escassas, dispersas, mas igualmente multi-penatissectas (2 a 3 vezes): flores (com pétalas homogéneas, brancas) agrupadas em umbelas (4 a 11) com 8 a 20 raios, aveludados, aproximadamente iguais em comprimento.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Apiaceae / Umbelliferae;
Distribuição: Região Mediterrânica Ocidental (Península Ibérica; Marrocos, Argélia e Tunísia).
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente encontrando-se, aparentemente, circunscrita ao Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo e Beira Baixa.
Ecologia/habitat: Taludes e bermas de estradas e caminhos, clareiras de matos, mais ou menos degradados, a altitudes até 1000 m.
Floração: de Agosto a Outubro.
[Locais e datas: Idanha-a-velha; 11 - Setembro - 2015 (fotos 1, 2, 4, 8 e 10); Serra de Montejunto: 30 - Setembro - 2015 (fotos 3 e 5) e 30 - Junho - 2016  (fotos 6, 7 e 9)]

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Ononis pubescens

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Ononis pubescens L.
Erva anual, peloso-grandulosa, que pode atingir até cerca de 75cm, com caules erectos ou ascendentes, muito ramificados; folhas, em geral, trifoliadas, sendo, porém, unifoliadas as correspondentes aos pedúnculos florais, umas e outras com estípulas bem desenvolvidas, com comprimento quase igual, ou mesmo igual, ao do respectivo pecíolo; flores com cálice campanulado, com pêlos glandulíferos e outros, numerosos, não glandulíferos, com dentes oblongo-lanceolados, um tanto recurvados; e com corola, maior que o cálice, composta por estandarte, quilha e asas amareladas; inflorescências unifloras, axilares, dispostas no cimo dos ramos de modo tal que aparentam formar uma só inflorescência racemiforme.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica. 
Em Portugal encontra-se apenas no território do Continente e circunscrita ao Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Baixa e Beira Litoral.
Ecologia / habitat: matagais em locais pedregosos, taludes e bermas de estradas e caminhos, em terrenos calcários, a altitudes até 800m.
Floração: de Março a Julho.
[Locais e datas: Serra da Arrábida; 31 - Maio - 2016 (fotos 1 a 4); Albufeira (Algarve); 31 - Março - 2013 (fotos 5)]

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Silene micropetala








Silene micropetala Lag.
Erva anual, sedosa, com caules erectos, simples ou ramificados desde a base, com  20 a 40 cm; folhas inferiores subespatuladas; as caulinares de oblan­ceoladas a lineares; flores pentâmeras com corola rosada, dispostas em inflorescências monocasiais lassas.
Tipo biológico:terófito.
Família:Caryophyllaceae;
Distribuição: Península Ibérica e  Norte de África (Argélia e Marrocos)
Em Portugal, onde, aparentemente não é muito comum,  distribui-se, ainda que de forma muito dispersa e irregular, por todo o território do Continente. Inexistente, quer na Madeira, quer nos Açores.
Ecologia/habitat: terrenos de pastagem,  clareiras de matos e de pinhais, sobre solos arenosos, a altitudes até 600m.
Floração: de Fevereiro a Junho.
[Local e data: Muge (Salvaterra de Magos); 17 - Maio - 2016]
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domingo, 22 de janeiro de 2017

Vicia pseudocracca





Vicia pseudocracca Bertol.
Erva anual, trepadora, glabra, ou dispersamente pubescente; caules com 30 a 60 cm; folhas com 3 a 8 pares de folíolos oblongo-elípticos, obtusos e mucronados,  terminadas em gavinhas ramificadas; flores agrupadas (1 a 8) em inflorescências pedunculadas; fruto (vagem) comprimido com 1 (o que é raro) ou várias sementes.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae;
Distribuição. Região Mediterrânica Ocidental  e Canárias.
Em Portugal, onde, pelo número de registos até agora lançados no portal Flora.on, parece não ser muito vulgar, ocorre apenas em algumas regiões do território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Beira Alta e Beira Litoral). Inexistente, quer nos Açores, quer na Madeira.
Ecologia/habitat: relvados e terrenos de pastagem; campos agrícolas;  clareiras de matos e matagais, com frequência em solos arenosos ou pedregosos, a altitudes até 1550m. 
Floração: de Março a Julho.
(Local e data: Cerro de S. Miguel - Algarve; 22 - Maio - 2016)
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Asperula hirsuta

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Asperula hirsuta Desf.
Erva perene, multicaule, esverdeada ou verde-acinzentada; com caules (15 a 60cm) erectos ou erecto-patentes com indumento de pêlos hirsutos, pelo menos, na parte basal; folhas sésseis, lineares, dispostas em verticilos de 4 a 6 (as basais) e de 6 a 8 (as  médias e superiores); flores tetrâmeras, com corola hipocrateriforme, branca ou rosada, agrupadas em inflorescências ramificadas.
Tipo biológico: Hemicriptófito;
Família: Rubiaceae;
Distribuição: Sul da Península Ibérica; Norte de África, com excepção do Egipto.
A ocorrência desta espécie em Portugal está circunscrita ao Algarve e Baixo Alentejo.
Ecologia/habitat: pastagens anuais, clareiras de matos, de sobreirais e de pinhais; taludes e bermas de estradas e caminhos, por vezes, em sítios degradados, a altitudes até 1800m. Indiferente à composição dos solos.
Floração: de Abril a Julho.
[Locais e datas: Ludo e Cerro de S. Miguel (Algarve); 9 - Março - 2013 (fotos 7 e 8); 22 - Maio - 2016 (fotos restantes)]
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

domingo, 15 de janeiro de 2017

Trevo-bardana (Trifolium lappaceum)





Trevo-bardana (Trifolium lappaceum L.)
Erva anual, algo pilosa, que pode atingir até cerca de 45 cm, com caule erecto ou, mais vulgarmente, ascendente, ramificado desde a base; folhas alternas, mas com as superiores, por vezes, subopostas, trifoliadas, com folíolos quase sésseis, obovados, denticulados na parte apical, pilosos na frente e no verso; flores (com cálice cónico com segmentos ciliados e mais compridos do que que o tubo e com corola (6 a 8 mm) branca ou rosada) agrupadas em inflorescências capituliformes, globosas,  sem invólucro, nem bractéolas, aparentemente terminais.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae;
Distribuição: Sul da Europa; Sudoeste da Ásia; Norte de África e Macaronésia (Açores, Madeira e Canárias).
Em relação à distribuição em território português refira-e que além de presente no arquipélago da Madeira e em algumas ilhas dos Açores, a espécie encontra-se também em quase todo o território do Continente. Ausente apenas na Beira Alta e admite-se que também em Trás-os-Montes, pois é duvidosa a sua ocorrência nesta (antiga) província.
Ecologia/habitat: prados em locais temporariamente alagados, com frequência em solos arenosos ou margosos, a altitudes até 1000 m.
Floração: de Abril a Julho.
(Local e data: Serra da Arrábida; 31 - Maio - 2016)
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