terça-feira, 31 de março de 2015

Margarida-maior (Leucanthemum sylvaticum)











Margarida-maior * [Leucanthemum sylvaticum (Hoffmanns. & Link) Nyman**]
Erva perene, rizomatosa (tipo biológico: hemicriptófito) da família Asteraceae, com caules erectos, em geral, muito ramificados a partir da base que podem atingir cerca de 1m de altura.
Dito isto, pouco mais posso acrescentar, porque a informação fornecida pelas fontes a que habitualmente recorro para elaboração destas notas é, neste caso, escassa e nem sempre coincidente. É, por exemplo, o que acontece no que à distribuição diz respeito. De facto, enquanto que o portal da SPBotânica (Flora.on) a considera como espécie "endémica de Portugal continental", informação que, aparentemente é confirmada por este outro sítio, já a Flora Vascular de Andalucía Occidental e o portal do Jardim Botânico do UTAD (JBUTAD) lhe atribuem uma distribuição mais ampla: metade ocidental da Península Ibérica, segundo aquela; e Península Ibérica e Macaronésia (Açores) diz o portal do JBUTAD.
Floração: de Maio a Agosto.
*Se a informação sobre a espécie é pouca, o mesmo não se pode dizer das designações que, supostamente, lhe são atribuídas. Ora veja: Bem-me-quer; Bem-me-quer-dos-floristas; Margarida-branca; Margarida-maior; Margarita-maior; Olho-de-boi; Olho-de-boi-dos-ervanários.
**Sinónimo:Chrysanthemum leucanthemum var. sylvaticum Brot. (Basónimo)
[Local e datas: Serra de Montejunto; 15 - Abril - 2014 (fotos 6, 7, 8, 9 e 10); 13 - Maio - 2014 (fotos 1, 2, 3, 4, 5 e 11)] 

sexta-feira, 27 de março de 2015

Polycarpon alsinifolium

(1)

(2)
Polycarpon alsinifolium (Biv.) DC.
Erva anual ou vivaz (tipo biológico: terófito ou hemicriptófito), glabra, de dimensões diminutas (com pleno direito a figurar no grupo das plantas que tenho vindo a designar por plantas-miniatura) com caules ramificados desde a base, em geral, prostrados; folhas um tanto carnudas; flores com 2 a 3 mm de diâmetro, agrupadas em inflorescências densas com aspecto prateado.
Distribuição: Oeste da Região Mediterrânica. Em Portugal está presente em algumas regiões do território do Continente, designadamente, no Algarve, Baixo Alentejo e Estremadura e, provavelmente, também na Beira Litoral, Douro Litoral, Minho e Ribatejo.
Ecologia/habitat: areais junto da costa e noutros sítios arenosos próximos do litoral. 
Floração: de Março a Julho.
[Locais e datas: Praia da Adraga; 25 - Março - 2012 (foto 1); Fonte da Telha; 8 - Maio - 2014 (foto 2)]
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domingo, 22 de março de 2015

Euphorbia terracina






Euphorbia terracina L.
Erva perene, por vezes, anual, (tipo biológico: terófito, ou hemicriptófito) glabra, com caule geralmente ramificado desde a base  que pode apresentar-se  erecto, ascendente, ou procumbente, podendo atingir cerca de 90cm; folhas polimorfas (lineares, lanceoladas, raramente ovadas), sésseis; ciato, glabro, com nectários amarelados ou avermelhados com dois apêndices mais ou menos paralelos, delgados e relativamente compridos; cápsula (fruto) lisa, com sulcos profundos entre os lóculos.
Distribuição: Região Mediterrânica. Introduzida no México, Austrália e África do Sul. Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, no arquipélago da Madeira e no que diz respeito ao território do Continente, assinala-se também a sua presença no Algarve, Baixo Alentejo, Estremadura, Beira Litoral e, provavelmente, também no Douro Litoral e Minho.
Ecologia/habitat; Areais marítimos; orlas de campos de cultivo. baldios, bermas de caminhos, em locais arenosos e próximos do litoral, a altitudes até 300m.
Floração: de Janeiro a Outubro.
[Locais e datas:  Forte do Cavalo - Sesimbra; 29 Janeiro - 2014 (última foto); Ponta da Areia- Vila Real de Santo António; 26 - Março - 2014 (fotos restantes)]
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sexta-feira, 20 de março de 2015

Bryophyllum daigremontianum







Bryophyllum daigremontianum (Raym.-Hamet & H.Perrier) A.Berger *
Erva vivaz, suculenta, podendo atingir cerca de um metro de altura.  Tem a capacidade, tal como outras plantas do mesmo género, de se propagar vegetativamente através de plântulas que se formam na margens das folhas e que,  depois de se desprenderem, conseguem enraizar ao caírem no solo, dando origem a uma nova planta. 
Família: Crassulaceae.
Endémica da Ilha de Madagáscar, encontra-se, no entanto, naturalizada em várias regiões tropicais e subtropicais, onde foi introduzida como planta ornamental. Tem sido também usada, quer como planta de jardim. quer como planta de interiores, noutras regiões de clima temperado. Idêntico uso lhe tem sido dado em Portugal, onde a planta pode ser encontrada seja em jardins, como planta cultivada, seja noutros sítios, como bermas de caminhos e locais de deposição de entulhos, com origem em plantas de alguma forma escapadas de cultivo e que, nessas condições, podem facilmente propagar-se através das plântulas a que acima se faz referência, em regiões onde as geadas não ocorram  com frequência.
Floração: a floração não ocorre em períodos certos, mas sim de forma esporádica. A planta fenece após a floração.
Toxicidade: todas as partes da planta são tóxicas podendo a sua ingestão, ao que se alega, ser fatal para crianças e animais de pequeno porte.
* Sinonímia: Kalanchoe daigremontiana Raym.-Hamet & H. Perrier

quarta-feira, 18 de março de 2015

Luzerna-de-fruto-lenticular (Medicago orbicularis)







Luzerna-de-fruto-lenticular, ou Luzerna-orbicular [Medicago orbicularis (L.) Bartal. *]
Erva anual (tipo biológico: terófito) muito ramificada desde a base, com caules (30 a 60cm) prostrados ou ascendentes, glabros; flores com corola amarela, com estandarte bem maior do que as asas e  do que a quilha, agrupadas em cachos com 2 a 4 unidades; frutos em forma de disco com 13 a 20 mm de diâmetro, enrolado em espiral com 3 a 7 voltas,  decrescentes em largura, quer em direcção ao ápice, quer em direcção à base.
Família: Fabaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica, Macaronésia, e Oeste da Ásia. Naturalizada na Austrália e na América do Norte. Em Portugal, além de presente no arquipélago da Madeira, ocorre praticamente em todo o território do Continente. 
Ecologia/habitat: Margens de cursos de água, matagais, pastagens e campos cultivados ou em pousio, a altitudes até aos 1500m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Março a Junho
* Sinonímia: Medicago polymorpha L. var. orbicularis L.(Basónimo)
(Local e data: campo em redor das Salinas da Fonte da Bica ou Salinas naturais de Rio Maior; 10 - Março - 2015) 
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Lugar onde:


domingo, 15 de março de 2015

Scrophularia sublyrata









Scrophularia sublyrata Brot.
Erva perene (tipo biológico: hemicriptófito) glabra, rizomatosa, cujos caules, muito ramificados, em geral, não ultrapassam 70cm.
É uma espécie que apresenta grande variabilidade morfológica, a ponto de os espécimes caracterizados por serem de menor tamanho e possuírem folhas de cor verde claro, delgadas, indivisas ou penatissectas com apenas um par de segmentos laterais e inflorescências curtas e paucifloras terem sido tradicionalmente incluídos numa espécie denominada Scrophularia schousboei. Segundo a Flora Ibérica, fonte que tenho vindo a seguir, tais características são próprias dos exemplares da S. sublyrata nas primeiras fases do seu desenvolvimento. Caso mais duvidoso e a carecer de estudo mais aprofundado é, segundo a mesma fonte, o das plantas existentes no Cabo Espichel, classificadas como S. sublyrata, mas que apresentam algumas especificidades: são plantas muito carnudas, característica particularmente evidente nas folhas (estas tipicamente penatissectas e com margens crenadas) e nas brácteas.
Família: Scrophulariaceae;
Distribuição: Endemismo ibérico com distribuição limitada à parte ocidental da Península Ibérica, incluindo, do lado português, grande parte do território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Beira Baixa, Estremadura, Beira Alta, Minho e Trás-os-Montes) e do lado espanhol, três províncias contíguas à fronteira luso-espanhola (Salamanca, Cáceres e Badajoz).
Ecologia/habitat: em dunas, bem como em fissuras e cavidades de rochas, em zonas próximas do litoral; em locais rochosos nas regiões do interior, a altitudes até aos 1300m.
Floração: de Janeiro a Julho.
[Local e datas: Duna Cresmina; Cascais; 12 - Março - 2015 (as primeiras 5 fotos); 26 - Janeiro - 2015 (as restantes)] 

sexta-feira, 6 de março de 2015

Mostarda-branca ou Mostarda (Sinapis alba subsp. mairei)






Mostarda-branca ou Mostarda (Sinapis alba L. subsp. mairei (H.Lindb.) Maire*
Erva anual (tipo biológico: terófito) com caule híspido, ramificado desde a base, que pode atingir até 120cm; folhas pecioladas, penatissectas, com 2 a 3 segmentos laterais lobulados ou penatifendidos; inflorescências formadas por 15 a 50 flores com pétalas amarelas; frutos híspidos, com o rostro por vezes mais largo e tão ou mais comprido que a porção valvar, contendo esta 1 ou 2 sementes.   
Distribuição: Europa, Norte de África e grande parte da Ásia (Região Irano-turaniana). 
A espécie é também cultivada noutras partes do globo, sobretudo, para aproveitamento das suas sementes que são usadas na confecção de um condimento sob a forma de pasta ou creme que é designado, precisamente, por mostarda.
Em Portugal, a subespécie em causa ocorre, como planta autóctone, em  quase todo o território do Continente, mas é inexistente, enquanto tal, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: campos cultivados, incultos, ou em pousio, baldios, bermas de estradas e caminhos, e terrenos perturbados, a altitudes desde os 50 até aos 1200m.
Floração: de Fevereiro a Junho.
* Sinonímia: Sinapis mairei H.Lindb. (Basónimo)
(Local e data: concelho de Portimão - Algarve;  22 - Março - 2013)

quinta-feira, 5 de março de 2015

Plantas-miniatura: Alyssum simplex







Alyssum simplex Rudolphi
Mais uma espécie que merece figurar na galeria das plantas-miniatura, pois, à semelhança das recentemente incluídas, neste "herbário" digital, em tal categoria, também esta não vai além de uns escassos centímetros, sujeitando-se com frequência a servir de tapete ao passante que, tantas vezes, nem da sua presença se apercebe.
Trata-se de uma planta anual (tipo biológico: terófito) verde cinza, com indumento de pêlos estrelados, com caule simples ou ramificado. flores com pétalas amarelas dispostas em inflorescências que se vão dilatando enquanto dura a floração. Uma característica que permite uma fácil distinção relativamente a outras espécies do mesmo género que ocorrem em Portugal e, em particular em relação às designadas por A. minutum, A. granatense e A. alyssoides  é a existência de sépalas que cedo se desprendem da planta, ao contrário do que sucede no caso destas outras que possuem sépalas persistentes durante a frutificação.
Família: Brassicaceae.
Distribuição: Sul da Europa; Norte de África, Próximo Oriente. Em Portugal, há registo de ocorrências dispersas por boa parte do território do Continente, incluindo no Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Beira Alta e Trás-os-Montes. Inexistente nos Açores e na Madeira;
Ecologia/habitat; locais abertos e ensolarados, frequentemente em terrenos rochosos ou pedregosos, sobre substrato calcário, granítico ou xistoso, a altitudes até 1500m.
Floração: de Fevereiro a Junho.
[Locais e datas: Serra de Montejunto; 15 - Abril - 2014 (Fotos 1, 2, 3 e 4); Serra da Arrábida; 1 - Março - 2015 (fotos 5, 6 e 7)]