sexta-feira, 31 de maio de 2013

Cardo-roxo (Cirsium vulgare)

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Cardo-roxo [Cirsium vulgare (Savi) Ten.]  
Planta herbácea bienal (tipo fisionómico: hemicriptófito) da família Asteraceae. Durante o primeiro ano permanece sob a forma de roseta de folhas basilares, só desenvolvendo o caule e florescendo no segundo ano. 
O caule erecto, por vezes, simples, mas, geralmente, ramificado, pode atingir até cerca de três metros de altura. As folhas são alternas, palmatilobadas, com os vários segmentos (o terminal mais comprido e os laterais)  munidos de fortes espinhos que, aliás, não se encontram apenas nas folhas, pois distribuem-se também ao longo do caule e dos ramos e guarnecem igualmente as brácteas involucrais dos capítulos florais. As flores apresentam corolas tubulares estreitas, exteriormente arroxeadas, reunidas em capítulos com 2 a 5 cm de diâmetro, surgindo estes na extremidade dos ramos, isolados, ou em grupos de 2 a 3.  
Distribui-se por quase toda a Europa, Ásia Ocidental e Norte de África. A espécie foi, entretanto introduzida noutras regiões do globo, tendo ganho, nalgumas partes, o estatuto pouco cobiçado de planta invasora. Está também presente em toda a Península Ibérica, distribuindo-se em Portugal por quase todo o território do continente, de forma dispersa, mas, aparentemente, não é tão vulgar quanto o sugerido pelo epíteto específico. Eu, por exemplo, desde que me dedico a estas observações, apenas avistei a espécie em três locais diferentes.
Habitat: Terrenos incultos, baldios, bermas de caminhos, em locais nem muito secos, nem excessivamente húmidos. É indiferente à composição do solo.
Floração: de Maio a Setembro.
[Locais e datas: Sabugal; 18 - Agosto 2012 (foto 1); 22- Junho 2012 (foto 5); Troviscal - Sertã, 2 - Março 2013 (foto 6); Lagoa de Óbidos; 9 - Maio - 2013 (fotos 2, 3, 4 e 7)]

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Orobanche rosmarina


Orobanche rosmarina Beck
As espécies do género Orobanche (família: Orobanchaceae),  porque desprovidas de clorofila, para se desenvolverem e para sobreviverem têm que parasitar outras plantas, as hospedeiras, que podem ser de várias espécies ou únicas. A Orobanche rosmarina, pelo que se conhece até ao presente, parasita exclusivamente plantas da espécie Rosmarinus officinalis, o comum Alecrim (que é, aliás, bem visível nas imagens supra).
Tem a sua distribuição limitada a alguns locais no sul da Península Ibérica e nas Ilhas Baleares. Em Portugal, segundo a Flora Ibérica, ocorre apenas na Estremadura, referindo, em concreto,  a Serra da Arrábida (onde a espécie foi observada e colhida pela primeira vez), a Serra de Montejunto e um local na freguesia de Cadafais, concelho de Alenquer. 
Habitat: terrenos de matos, onde esteja presente a planta hospedeira.
Floração: de Abril a Junho.
(Local e data: Serra da Arrábida; 6 - Maio - 2013) 

terça-feira, 28 de maio de 2013

Polygala monspeliaca






Polygala monspeliaca L.

Erva anual (tipo fisionómico: terófito) da família Polygalaceae. Planta relativamente discreta que facilmente passa despercebida entre a folhagem de ervas circundantes, com caules pulverulentos, erectos (5 a 30 cm) simples ou irregularmente ramificados; folhas glabras, elípticas ou linear-lanceoladas, inteiras, alternas, mas com as inferiores opostas ou subopostas; inflorescência alongada que chega a ter mais de metade do comprimento da planta, com flores providas de asas esbranquiçadas com traços esverdeados e corola minúscula (cerca de 4 mm.)
Distribuição: Região Mediterrânica. Face aos registos existentes no Portal da APBotânica Flora.On, tudo indica que a ocorrência da espécie em Portugal estará limitada à metade sul do território do Continente.
Habitat: pastagens anuais, terrenos incultos, taludes, bermas de caminhos e, em geral, em solos pouco húmidos, sobre substrato, preferencialmente, calcário ou margoso.
Floração: de Abril a Junho.
(Local e datas: Serra da Arrábida; 23/24 - Abril - 2013)

domingo, 26 de maio de 2013

Lamium bifidum

 



Lamium bifidum Cirillo
Erva anual (tipo fisionómico: terófito) da família Lamiaceae, com caules ascendentes ou decumbentes, simples, ou ramificados na base, com 15 a 35 cm, quase desprovidos de pêlos na base e pubescentes na parte restante; folhas ovado-triangulares, ou vagamente cordiformes, crenado-dentadas ou crenado-serradas, mais ou menos acuminadas; inflorescências formadas por 2 a 6 verticilastros, cada um com 8 a 16 flores com corola tubular branca, com o lábio superior bífido e mais comprido do que o inferior, apresentando este manchas de cor púrpura.
Distribuição: centro e leste da Região Mediterrânica e região central da Península Ibérica, ocorrendo nos dois países ibéricos, apenas em regiões próximas da fronteira. Em Espanha, nas províncias de Badajoz, Cáceres, Ávila e Salamanca e em  Portugal, no Alto Alentejo e na Beira Baixa.
Habitat: em relvados sob coberto ou na orla de arvoredo e junto de muros, designadamente, a ladear caminhos, em sítios húmidos e, em geral, sombrios, em substratos ácidos. 
Floração: de Fevereiro a Maio.
(Local e data: Troviscal - Sertã; 2 - Março - 2013)

domingo, 19 de maio de 2013

Ranunculus nigrescens






Ranunculus nigrescens Freyn
Erva vivaz, com raiz tuberosa (tipo fisionómico: geófito) com caule erecto, geralmente nu, unifloro, por vezes, bifloro, com altura entre 10 a 40 cm; folhas dispostas em roseta basal, com configuração mais ou menos reniforme,  trilobadas ou quinquelobadas, com recortes que podem ir até a meio do limbo, com margens mais ou menos irregularmente crenadas; flores com cerca de 3 cm de diâmetro com pétalas livres, obovadas, tingidas de amarelo dourado.
Família: Ranunculaceae.
Distribuição: Endemismo ibérico localizado sobretudo no noroeste peninsular. Em Portugal continental distribui-se pela Beira Baixa, Beira Alta, Beira Litoral e, muito provavelmente, também pelo Minho e Trás-os-Montes.
Habitat: pastagens, clareiras de matos e de bosques e plataformas rochosas, em zonas montanhosas (a altitudes entre 950-2100 metros), geralmente sobre substrato silicioso.
Floração: de Abril a Julho.
(Local e data: Serra da Estrela; 14 - Maio - 2013)
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Lugares donde:



sábado, 18 de maio de 2013

Pampilho (Geranium lucidum)




Pampilho (Geranium lucidum L.)
Erva anual (tipo fisionómico: terófito) verde brilhante (lucidum) cujos caules erectos ou ascendentes, podem atingir até 40 cm; folhas palmipartidas, de contorno reniforme ou orbicular, geralmente com 5 segmentos, lobados ou crenados; flores pediceladas, com sépalas estriadas transversalmente (característica que convém confirmar, segundo esta fonte) e pétalas obovadas, acentuadamente reduzidas ao nível da unha,  inteiras, rosadas.
Distribuição: nativa de grande parte da Europa (com excepção do extremo Norte), do Centro e Sudoeste  da Ásia (Centro e Sudoeste) do Norte de África e da Macaronésia (Madeira) a espécie encontra-se, no entanto, naturalizada noutras partes do globo. Na América do Norte, por exemplo.  
Em Portugal ocorre em quase todo o território do Continente, com excepção de boa parte do Algarve e do Baixo Alentejo. 
Habitat: na orla de bosques, em sebes, à beira de caminhos e, em geral, em locais frescos, algo húmidos e  meio sombreados.
Floração: de Março a Julho
(Local e data: Fraga da Pena - Serra do Açor; 13 - Maio - 2013)
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O lugar onde:
(Fraga da Pena)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Gagea nevadensis



Gagea nevadensis Boiss.
Erva vivaz, bulbosa (tipo fisionómico: geófito) da família Liliaceae. Planta de pequeno porte (5 a 10 cm) com folhas basilares filiformes que excedem em comprimento a altura da planta e caulinares aproximadamente lanceoladas,  com 1 a 3 flores (raramente 4) com pedicelo relativamente comprido, com seis tépalas amarelas, livres, dispostas em forma de estrela.
Distribuição: Sudoeste da Europa, incluindo Espanha, França, Itália e Portugal. A sua ocorrência em Portugal está limitada ao centro e norte do território do Continente.
Habitat: sítios rochosos e relvados geralmente em zonas de montanha.
Floração: de Março a Julho
(Local e data: serra da Estrela; 14 - Maio - 2013)
(Clicando nas imagens, amplia)

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Narcissus rupicola







Narcissus rupicola Dufour 
Erva vivaz, bulbosa (tipo fisionómico: geófito), da família Amaryllidaceae, que pode elevar-se até cerca de 30cm, apresenta uma só flor em cada haste floral e não mais de três por cada bolbo. As folhas, que podem ultrapassar em altura, ou em comprimento, a haste floral, são lineares. 
É um endemismo ibérico que, do lado português, ocorre apenas no Norte e no Centro Leste do país, a altitudes superiores aos 800 metros (Fonte) surgindo, em geral, em locais rochosos com alguma humidade.
Por estranho que pareça, esta espécie não tem nome comum reconhecido, quando atendendo ao seu habitat, poderia ser-lhe atribuído, sem ofensa de maior, o de Narciso-das-rochas, tradução literal da designação científica.
Floração: de Março a Maio.
(Local e data: Serra da Estrela; 14 -Maio - 2013)

terça-feira, 7 de maio de 2013

Omphalodes nitida





Omphalodes nitida Hoffmanns. & Link
Erva vivaz, rizomatosa, (tipo fisionómico: caméfito), da família Boraginaceae,  cujos caules, erectos, amplamente ramificados, podem alongar-se até 80 cm; com folhas oblanceoladas, as inferiores, e lanceoladas, as médias e superiores, com  três nervuras principais, uma central, mais acentuada e ligada às duas laterais  por várias nervuras paralelas, todas bem visíveis; flores de forma tubular com 7 a 12 mm de diâmetro, com longos pedicelos e com corola  azul com traços esbranquiçados na união dos lóbulos.
Distribuição: Endemismo ibérico que ocorre no Noroeste da Península. Em Portugal distribui-se pela Beira Baixa, Beira Alta, Beira Litoral, Douro Litoral, Minho e Trás-os-Montes.
Habitat: margens de cursos de água e taludes e, em geral,  em locais húmidos e sombrios, sobre substrato arenoso ou xistoso. 
Floração: de Abril a Setembro.
(Local e datas: Troviscal - Sertã; 12 - Maio 2011; 18 - Abril - 2013)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Na estação das orquídeas (20): Neotinea maculata













Neotinea maculata (Desf.) Stearn
Erva vivaz, tuberosa (dois tubérculos), com caule esverdeado (8 a 25 cm) frequentemente com manchas; folhas basilares dispostas em roseta, compridas, lanceoladas;  as superiores mais curtas,  invaginantes, umas e outras, geralmente também com manchas; inflorescência, mais ou menos curta (2 a 6 cm) com flores pequenas, densamente agrupadas, com a maioria voltada para o mesmo lado.
Distribuição: Em grande parte da Região Mediterrânica, Irlanda e Macaronésia (Madeira, Açores e Canárias). Em Portugal Continental é dada como ocorrendo no Algarve, Estremadura, Beira Litoral e Trás-os-Montes e, dubitativamente, no Alto e Baixo Alentejo, Beira Alta, Beira Baixa e Ribatejo.
Habitat: Pastos, dunas consolidadas, e clareiras de vários tipos de bosques e de  matagais. Indiferente ao substrato.
(Locais e datas: Serras d'Aire e Candeeiros; 17/20 - Abril - 2013)