terça-feira, 31 de maio de 2011

Erva-língua (Serapias lingua)


Erva-língua (Serapias lingua L.)
Erva vivaz, tuberosa, da família Orchidaceae, a Erva-língua, também designada vulgarmente por Serapião, distribui-se por toda a Região Mediterrânica Ocidental. Em Portugal, encontra-se em quase todo o país, sendo, dentro da família Orchidaceae, uma das plantas mais vulgares.
Ocorre geralmente em terrenos incultos, relvados e com boa exposição solar. 
Floresce de abril a junho.
(Local e data: Serra da Arrábida; 10 - maio - 2011)
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sábado, 28 de maio de 2011

Erva-férrea (Prunella vulgaris)


Erva-férrea (Prunella vulgaris L.)

Também conhecida pelas designações comuns de Consolda-menor e Prunela, a Prunella vulgaris é uma erva vivaz da família Lamiaceae, alegadamente originária das zonas temperadas da Europa e da Ásia, mas presente na maior parte das regiões temperadas do globo, ocorrendo normalmente em lugares húmidos, frequentemente nas margens de cursos de água e em terrenos relvados, mas também em sítios pouco ensolarados ao longo de valetas de estradas e caminhos que recebem as escorrências da água da chuva.
Em Portugal, segundo esta fonte, ocorre em todo o país.
São-lhe atribuídas muitas propriedades curativas (v. aqui e aqui), propriedades que estou longe de poder  confirmar, até porque sou muito céptico nesta matéria.
Floresce ao longo da primavera e do verão.
(Local e data: Sertã;  27 - maio - 2011)
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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cardinho-azul ( Eryngium dilatatum)


(caule e folhas)


(inflorescência)

(capítulo)

O Cardinho-azul (Eryngium dilatatum Lam.) é uma erva vivaz, da família Apiaceae, que apresenta caule erecto de pequenas dimensões (altura entre 10 e 40 cm). Distribui-se pela Península Ibéria e pelo norte de África, designamente em Marrocos.
Em Portugal ocorre, sobretudo, no centro e no sul do território do Continente.
A espécie está, em geral, associada a lugares bem ensolarados, em terrenos incultos e em matagais, sobre solos argilosos e calcários.
Floresce de maio a agosto.
(Local e data: Serra da Arrábida; 10 - maio - 2011)
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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cleónia (Cleonia lusitanica)




Cleónia* [Cleonia lusitanica (L.) L.; sin.: Prunella lusitanica L.; Prunella odorata Lam.; Cleonia lusitanica var. aristata Cout.; Cleonia punica Beauverd]

É uma planta anual, híspida (= "revestida de pêlos compridos"), da família Lamiaceae, cujo caule pode atingir até cerca de 40 cm. Distribui-se pela  Península Ibérica (Portugal e Espanha) e pelo norte de África  (Argélia, Marrocos e Tunísia). No território continental de Portugal, a espécie encontra-se no centro oeste, centro sul, sudeste e barlavento algarvio.
No geral, ocorre em encostas de outeiros e colinas, em terrenos incultos e secos, sobre solos calcários.
Segundo a fonte para que remete o "link" supra, a Cleonia lusitanica  será a única espécie do género Cleonia, sendo este, pois, um género monotípico, uma vez que considera a Cleonia punica, como simples sinónimo da mesma espécie. Há, no entanto, quem considere esta como uma espécie diferente (aqui e aqui). Não sou eu, porém e como é óbvio, a pessoa indicada para resolver o diferendo.
Floresce de maio a junho.
(*Não encontrei, em nenhuma fonte, qualquer designação em português vernáculo. Optar pela tradução da designação científica, foi ousadia minha. Não direi, no entanto, que tenha sido um trabalho de Hércules.)
(Local e datas: Serra da Arrábida; maio - 2011)
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domingo, 22 de maio de 2011

Lírio-fétido (Iris foetidissima)


 Lírio-fétido (Iris foetidissima L.)

Planta rizomatosa, perene, da família Iridaceae, pode atingir cerca de um metro de altura, embora, por regra, se fique por dimensões mais modestas, variando entre 30 e 90 cm. É  nativa da Europa ocidental e meridional e do norte de África. Em Portugal ocorre um pouco por todo o país, em zonas de mato e de floresta com boas abertas, em sítios mais húmidos ou menos húmidos, desde que sombrios. Não é, no entanto, uma planta que se encontre com muita frequência.
Deve a sua designação, quer a vulgar, quer a científica ao facto de as folhas emitirem um odor pouco agradável, quando cortadas ou esmagadas. Não obstante, é uma planta que é cultivada e usada como planta ornamental, não  devido às flores que apresentam cores (amarelo e violeta) pouco vivas e mesmo baças, mas sim devido às sementes muito vistosas (vermelho-coral) que permanecem longo tempo nas respectivas cápsulas depois de abertas.
Floresce de maio a julho.
(Local e data: Serra da Arrábida; 20 - maio - 2011) 
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sábado, 21 de maio de 2011

Centáurea-menor-perfolhada (Blackstonia perfoliata)



Centáurea-menor-perfolhada [Blackstonia perfoliata (L.) Huds.]

Erva anual, da família Gentianaceae, que, por via de regra, não supera os 40 cm de altura, não indo além dos 10-15 cm quando instalada em terrenos secos e pouco férteis. Apresenta:  caules erectos, ora simples, ora mais ou menos ramificados na parte superior;  folhas opostas unidas na base, em redor do tronco; e flores, com pétalas amarelas, isoladas, ou reunidas em cimeiras.
Distribuição geral: centro, sul e ocidente europeu, noroeste africano e sudoeste asiático.
Em Portugal, ocorre sobretudo no centro oeste e centro sul do território do Continente, em terrenos húmidos e férteis, segundo alguns autores, mas também, frequentemente, em terrenos pobres, secos  e formados por solos calcários.  
(Local e data: Serra da Arrábida; maio - 2011)
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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Erva-toira-das-heras (Orobanche hederae)



Orobanche hederae Vaucher ex Duby

Não é a primeira vez que aqui se publicam imagens de plantas do género Orobanche (Família Orobanchaceae) conhecidas entre nós, pela designação comum de "Erva-toira". Caracterizam-se as plantas deste género por não possuírem clorofila, pelo que, para se desenvolverem, necessitam de parasitar outras plantas, designadas por hospedeiras. No caso caso da Orobanche hederae, que poderemos designar, sem ofensa, por Erva-toira-das-heras, as  hospedeiras são plantas do género Hedera e daí a designação específica de hederae.
Segundo esta fonte, distribui-se pelo oeste e sudoeste da Europa e pela parte ocidental da Rússia e floresce de Abril a Outubro.
(Local e data: Quinta da Arealva - Almada; 16 - maio - 2011)
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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Bons-dias (Convolvulus tricolor)

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Bons-dias * (Convolvulus tricolor L.)
Planta herbácea, geralmente de pequeno porte, da família Convolvulaceae, que apresenta ramos prostrados a sub-prostrados irradiando a partir do colo em múltiplas direcções e ao longo dos quais se inserem as folhas e  as numerosas flores coloridas de amarelo, branco e azul.
Planta nativa do sul da Europa e do norte de África, mas distribuída por outras paragens como planta  cultivada para fins ornamentais, ocorre em Portugal, como planta espontânea, sobretudo, no centro e sul do território do Continente, em terrenos baldios, sebes e em terrenos dedicados à cultura de árvores de fruto. É este o caso das plantas reproduzidas nas imagens supra.
Floresce de Abril a Junho.
*Outras designações vulgares: Bela-manhã; Chuchas; Glória-da-manhã-anã; Madrugadas; Azuraque; Zuraque e, porque não, Corriola-das-três-cores, de longe, a mais apropriada.
(Local e data: Várzea - Sintra; maio -2011)
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terça-feira, 17 de maio de 2011

Lavapé (Cheirolophus sempervirens)






Lavapé, ou Viomal [Cheirolophus sempervirens (L.) Pommel]

Planta herbácea, vivaz, pubescente, áspera, da família Asteraceae, pode atingir até cerca de 1,5 m de altura, apresentando um caule curto (5-15 cm) mais ou menos ramificado, com ramos bastante folhosos, em cuja extremidade surgem as flores, geralmente rosadas ou purpúreas, reunidas em capítulos solitários.
Distribuição geral: Região Mediterrânica Ocidental [Península Ibérica (Portugal e Espanha) sul de França, Itália e Argélia]. Em Portugal ocorre sobretudo no centro e sul do território do Continente.
Habitat: encostas ao longo de cursos de água, mas também em lugares secos e pedregosos e à beira de caminhos, sobre solos calcários e/ou argilo-arenosos.
Floresce de Abril a Setembro.
(Local e data: Serra da Arrábida - maio 2011)
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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Hipericão-rasteiro (Hypericum humifusum)


Hipericão-rasteiro (Hypericum humifusum L.)
Planta herbácea perene, de caules prostrados, da família Clusiaceae (Guttiferae)  (ou será antes Hypericaceae ?) nativa da Europa Central e Ocidental, da  Região Mediterrânica e Macaronésia. Segundo a Flora Digital de Portugal (primeiro link) o Hipericão-rasteiro, também designado, vulgarmente, por Erva-das-mil-folhinhasMilfurada, distribui-se, em Portugal por todo o território do Continente. Não pondo em causa a informação, devo confessar, no entanto, que, nas minhas deambulações pelo campo, raramente tenho encontrado esta planta, ocorrendo sempre em terrenos xistosos e/ou argilosos e em locais com alguma humidade, o que me leva a concluir que não é, em Portugal, uma planta muito vulgar.
Ainda segundo a fonte citada, floresce de Março a Setembro.
Local e data: Várzea - Sintra; 15 - maio - 2011)
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domingo, 8 de maio de 2011

Roselha-grande (Cistus albidus)

Roselha-grande (Cistus albidus L.)

Arbusto da família Cistaceae, erecto, geralmente muito ramificado e compacto que raramente excede um metro e meio de altura. Apresenta folhas cinzento-esbranquiçadas, peludas e aveludadas; flores rosadas, grandes (até 6 cm de diâmetro) terminais e reunidas em cimeiras (de 1 a 5).
Distribuição: Região Mediterrânica Ocidental.
Em Portugal distribui-se, de forma irregular e descontínua, desde o Douro até ao Algarve, geralmente em terrenos incultos, charnecas e colinas e à beira de caminhos, em solos predominantemente calcários.
(Local e data: Região de Torres Novas; 26 - abril -2011)
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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Maios-roxos (Iris xiphium)



Maios-roxos (Iris xiphium L.)
Planta herbácea, vivaz, bolbosa, da família Iridaceae, com um caule que, raramente, ultrapassa meio metro de altura, apresentando na extremidade, por via de regra, uma flor (ou, excepcionalmente, duas) de cor violácea "com manchas amarelas  ou alaranjadas nas tépalas externas".
Distribui-se por toda a Região Mediterrânica Ocidental, incluindo a Península Ibérica, donde, segundo esta fonte, será originária. Em Portugal, segundo as fontes consultadas, ocorre por quase todo o país, em terrenos incultos, pedregosos e de matos baixos, em solos arenosos ou calcários. Julgo, no entanto que a espécie não é muito vulgar, pois não se encontra com frequência, não obstante ser um facto que as flores, de cores bem vivas, chamam facilmente a atenção do observador, ainda que pouco atento.
Floresce de abril a junho.
É cultivada como planta ornamental, existindo, pelo menos, quatro variedades.
(Local e data: Cabo Espichel; 06 - maio - 2011)
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domingo, 1 de maio de 2011

Jacinto-dos-campos (Hyacinthoides hispanica)



Jacinto-dos-campos [Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm.]
Erva vivaz, bolbosa, da família Hyacinthaceae, com   haste floral com altura que pode ir de 1 a 5 dm; com folhas  (2 a 7) lineares a oblongo-lanceoladas; e flores tubuloso-campanuladas, azul-violáceas, dispostas em cacho, em número variável.
É considerada nativa da Península Ibérica (e também do norte de África ?) encontrando-se, todavia, naturalizada noutros países da Europa ocidental e meridional, o que não constitui motivo para grande espanto, já que se trata de uma planta que é cultivada para fins ornamentais. Em Portugal ocorre em quase todo o país, em matas de carvalhais ou sobreirais e em matos mais ou menos húmidos (segundo  o guia de campo Flores da Arrábida, já citado, mais de uma vez, nestas páginas e  do qual me socorri, novamente, para a descrição supra). Que a espécie também surge nas zonas mais fundeiras (logo mais húmidas) de encostas com povoamentos pouco densos de pinheiros, garanto eu.
Floresce de Fevereiro a Maio, segundo o citado Flores da Arrábida e de Março - Junho, segundo esta outra fonte, divergência que não estou em condições de ultrapassar, visto que as fotos foram obtidas em data compatível com qualquer das duas teses.
(Local e data: Troviscal - Sertã; 09 - abril - 2011)
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